A tanto tempo não lhe escrevo. Lembro-me da época em que sentávamos eu
e meus 3 primos na casa de um de nós e escrevíamos a noite, cada um em seu
diário. Naquela época, não tinha nada com o que se preocupar era só escrever
sobre as aventuras que tínhamos durante o dia nas diversas brincadeiras que fazíamos.
Com o tempo as coisas mudaram e por um momento maior do que eu
gostaria eu só escrevia tragédias em você, mortes, acidentes, dramas
familiares, mais morte, mais acidente e por ai vai, mas você sabe de tudo.
Depois veio as paixões que eram dramalhões mexicanos até eu encontrar
meu amor e depois perde-lo por não termos maturidade o suficiente para manter o
relacionamento. Depois mais paixões que hoje vejo que não tiveram importância alguma
e se a Pâmela de hoje pudesse ter falado com a Pâmela daquela época, eu só
diria, “calma, calma, que isso não é nem a metade do que você acha que sente”. E
aí então, voltei para meu amor, meu grande amor e pretendo ficar com ele para
sempre.
Nesse meio tempo, muitas conquistas e muito aprendizado. Mas também,
acidentes que deixaram cicatrizes na alma, mas com o tempo vai passar.
Vivencias servem para aproveitarmos ao máximo e hoje eu sei que quando são
ruins é para eu aprender algo com elas e não ficar remoendo, mesmos certas
coisas sendo difíceis deixar para lá.
E é sobre isso que quero escrever em você hoje, meu querido diário.
Quero escrever para ver se assim certas coisas entram na minha cabeça,
pois eu do fundo do meu coração, queria desligar certos botões na minha cabeça
e o primeiro é deixar de achar que todo mundo é meu amigo, é parar de dar
chance para aqueles que não merecem, é enxergar que a maioria só vive de aparências
que lhes convém.
Sabe diário, ser sempre verdadeira é uma merda, ao invés de ver certas
coisas e ficar calada, eu vou la e falo para os envolvidos, as intensões são
sempre boas, mas sempre dá em merda. Por que falar o que pensa, o que sente e o
que vê para todos, não vale a pena. Algumas pessoas me fazem todo tipo de crítica,
e eu não importo, pois busco melhorar a partir delas, mas quando eu falo uma crítica
para essas mesmas pessoas que me criticam, elas ficam com cara de cú para mim e
ficam com raiva. Tem as pessoas que falam aos quatro ventos que não gosta
disso, não gosta daquilo, mas quando eu falo para elas que estão fazendo
justamente aquilo que elas condenam, elas não assumem e ainda fazem com que eu
fique como errada por ter falado o que falei. Tem aqueles amigos que dizem “se você
souber que fui traída e não me contar, já era nossa amizade”, mas aí eu fico
sabendo e conto e o que acontece, perco a amizade do mesmo jeito. Tem os amigos
de anos que nem quando estava toda ferrada do acidente que eu tive, me ligaram
para saber como eu estava. São tantos os exemplos, que estou começando a pensar
que eu estou errada. Mas ao mesmo tempo não acho que estou. Sim, sim, confusão
mental. Um dia estava conversando com uma grande amiga sobre esses autoquestionamentos
e ela me respondeu da seguinte forma, “Se
você está fundamentada no que diz e no que sente, não precisa se preocupar com
o que os outros vão pensar e falar ao seu respeito”.
A parti do que ela disse, percebi que não preciso “sofrer” quando eu
falar algo que eu acredito que é certo e os outros discordarem, mas também
cheguei à conclusão que algumas pessoas não merecem meu ponto de vista, meu
conselho, minha crítica mesmo que produtiva, pois preferem continuar na
ignorância delas, assim como eu prefiro ficar na minha ignorância. Afinal eu
sei que não é porque é certo para mim, tem que ser certo para todos. Mas o que
me chateia é ver pessoas que pela idade que tem, esperava uma certa maturidade
e com isso, ao discordar é só debater de forma saudável e não ficar de mimimi e
confusão e o pior, dizer que não faz determinada coisa que está estampada na
cara de todos que faz isso sim.
Antes eu gritava aos quatro ventos, mas agora eu tenho twitter (rsrsrs).
Não estou nada certa com isso.
Como dizia minha avó, boca fechada não entra mosquito. Mas eu falo
mesmo e é isso que tenho que aprender. Não é porque eu aceito críticas numa
boa, que todo mundo vai aceitar, pelo contrário, quanto mais eu conheço as
pessoas, mais percebo que elas preferem ter cabeças de crianças do que aprender
com os próprios erros. Sei disso porque eu já fui assim, houve uma época em que
eu ficava puta com críticas e continuava na minha ignorância.
Não estou falando que vou mudar em tudo que vierem me criticar, mas eu
sempre reflito sobre e se fizer sentido para mim, busco melhorar.
Eu escrevi isso tudo para você, meu querido diário, para desabafar,
como sempre o fazia. E para depois eu ler novamente e fixar na minha cabeça
esses aprendizados que tanto quero colocar em prática. PRECISO parar de achar
que todo mundo é meu amigo, é infantilidade da minha parte pensar assim. Preciso
parar de dar conselhos à quem não me pede, pois isso também é infantilidade da
minha parte. Preciso parar de fazer amizades nos serviços, tive sorte só com o
Markinhos (e outras pouquíssimas exceções), o resto só são colegas. Preciso
parar de achar que amigos de anos atrás, serão amigos para sempre. Preciso
parar de me envolver com amigos que não são amigos coisa nenhuma. Preciso me
afastar e ficar na minha, afastar talvez não seja a melhor opção, mas é a que
menos magoa e a que mais me livra de fazer merda de novo.
Mas eu melhorei, já fui pior que isso, já me rastejei por pessoas que não
mereciam, isso inclui parentes, colegas, amigos e outros e hoje, quando eu não faço
mais isso e nem aceito desaforos igual antes, escuto frases como “O que
aconteceu com você? Você não era assim!”. Então assim como eu não permito mais
que as pessoas me maltratam igual antes vai chegar o dia que eu melhorarei
sobre essas questões que citei hoje. Preciso manter o plena atenção de minhas
ações para evitar os erros e preciso sim me afastar, pois eu gosto muito fácil
de todo mundo e quando me magoam doí.
As vezes daqui uns dez anos, vou ler isso e ver o quanto era tola e
imatura, mas o que posso fazer, é o que temos para hoje!
Entre tantas tretas, babados e confusão, por muitos motivos prefiro
amigos homens.
Até a próxima.
(POSTEI NO BLOG, MAS NÃO DIVULGUEI. CASO ALGUÉM LEIA, ESPERO QUE MEUS ERROS SIRVAM DE EXEMPLOS PARA SUA EVOLUÇÃO)
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